Alguém aí já ouviu a história do jornalista que foi mandado para ir cobrir a guerra e com medo de dizer para a sua família que ia viajar para a tão matadora guerra, disse no dia do seu embarque que iria comprar um cigarro e nunca mais voltou?? Pois é.. essa é uma boa história.. e uma PUTA vontade que todos nós da redação sentimos..
As pessoas dizem que não adianta sair de um lugar achando que você vai se livrar dos seus problemas. Porque problema – assim como os chicletes, são coisas grudentas, que vão com você para qualquer lugar (não grudem no meu cabelo, PELO AMOR DE DEUS!). Mas, de vez em quando, não custa tentar. Vai que algum problema, no meio do caminho, se perde? (SERÁ?)
Além do mais, fugir dos problemas tem uma vantagem. Mesmo que seus problemas estejam com você, ocupando a sua mente, os novos problemas ficarão afastados!
Claro que quando você chegar no local da fuga – o bom são destinos ermos, sem meios de comunicação (opa, sem o celular??? Posso levar uma amiga pelo menos???) – problemas novinhos em folha estarão lá esperando por você. Você pode pegar bicho do pé. Torcer o pulso numa atividade lúdica. Cair de amores por um caiçara (para quem é solteira.. o que não aconteceria no meu caso, né Putchuco?!). Ou não cair de amores por ninguém (esse é beeeeeeeeem o caso da Claudia Baht- Estressada, Desconfiada e Mal humorada! RÁ!).
Por outro lado, os novos problemas que surgirão no seu habitat natural não vão surtir efeito em você, porque ninguém vai conseguir te avisar. E estes é que são os piores problemas. Um bicho do pé não é nada comparado a você descobrir que o seu tão sonhado aumento só sairá quando o cliente que está desgostoso com a assessoria de imprensa renovar o contrato (alguém pode avisá-la que ELE NÃO VAI RENOVAR!! E nem meu salário vai subir!). Bicho de pé ou diretora te chamando de bobinha nas entrelinhas?? Um bicho do pé é ótimo! Ele pode até me fazer companhia, conversar sobre a novela, fazer um cafuné.
Então, para fugir bem de um problema, você deve fazer que nem eu: pegue um táxi, um avião, outro táxi, um catamarã, um jipe, um barco, um trator. Sim, enquanto vocês lêem estas linhas, estarei em algum momento desta travessia. É verdade, não estou roubando na conta. Pronto, você conseguiu chegar num lugar muito muito muito longe.
Sim, você é neurótica (como eu) e levou o celular. Mas o único jeito dele pegar é você ficar andando com ele pela beira da praia tentando conseguir um tracinho no sinal.
Vocês sabem o que eu estou falando. Claro que você vai passar a semana inteira com comichão, perguntando para pescadores onde tem um cyber-café. Não ter um cyber-café já é um problema em si. Aí você vai ficar com este comichão pensando “ai, minha nossa senhora, será que tem algum problema novo que eu não tô sabendo?”. Sim, porque embora odiemos nossos problemas, somos viciadas neles. Então, depois de não conseguir nenhum tracinho, você provavelmente irá fretar um trator e ficar andando pelo areal até conseguir um cyber-café. Aí vai abrir seu e-mail e descobrir um problema novo. Soma-se a isso, claro, o bicho do pé e o pulso luxado. Aí você vai voltar deprimida no trator, pensando no novo problema, e pensando que o motorista do trator está a fim de você (e como eu disse ontem para o meu marido, EU NUNCA- NUNCA MESMO! OLHARIA PARA UM MOTORISTA DE CAMINHÃO! Nem cobrador.. nem pedreiro.. nem feirante- embora todos esses nos enchem o ego quando passamos.. Ah, pode até ser um tantinho de preconceito.. mas eu sou neurótica.. como eu vou casar com um feirante que fica dando nota para cada mulher que passa??? NUNCA!!). Ó vida, ó azar.
Pensando bem, acho que desistir de ir comprar um cigarro..
PS: Tudo isso se você for mulher, né!? Se você for homem vai ficar na beira do mar curtindo a vida.
Postado por Samantha Feehily
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